Às vezes a gente não precisa de conselhos, só precisa que alguém nos abrace e diga: "Eu te entendo...".
É difícil não ter noção do que fazer. O que é certo e errado a gente aprende no jardim de infância, perguntar o que o coração quer e o que é melhor para nós também, mas se limitar a entender um problema alheio sem tagarelar uma série de lições de moral e conselhos ninguém ensina e poucos aprendem sozinhos.
Claro que quando você vê um amigo seu caindo numa armadilha, fazendo alguma coisa idiota ou precisando de ajuda, qualquer um se sentiria na obrigação de oferecer o ombro, o braço, a mão e qualquer coisa que ele fosse precisar. Então discorrem uma série de perguntas: "O que você quer?", "O que você sente?", "O que seu coração está dizendo?"...
Só que poucos de dão conta que, às vezes, numa confusão sentimental, numa bola de neve de emoções, a pior coisa que pode acontecer é receber um conselho (quem dirá receber mais de um), ter uma longa conversa sobre o que se sente. Se aquele que sofre soubesse o que sente, não estaria pirando! Se fosse capaz de ouvir o coração dizer mais que "Tum, tum! Tum, tum!", não ficaria paranóico!
Mas poucos conseguem perceber que ajudar alguém a se entender pode ser simplesmente mostrar que está ali, acolher o choro por horas a fio até que o stress extravase e restem apenas ideias lúcidas. Colocar mais questionamentos e dúvidas numa cabeça confusa é condenar aquele que está sofrendo a sofrer mais!
Então, antes de gastar horas a fio com lições de moral que não serão ouvidas e que pouco irão ajudar, abrace, afague e acolha. Respeite o silêncio e limite-se a escutar pensamentos desconexos pelo tempo que for necessário, para só depois, então, tentar mostrar soluções para o problema.
Escrito por: Francine Grendene
Ás vezes só o que podemos fazer é abraçar uma pessao e deixar ela chorar até que ela esteja pronta para desabafar ")
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