domingo, 27 de novembro de 2011

In my mind II

O telefone tocou. Melhor seria se ele tivesse permanecido em silêncio, aí eu teria terminado de assistir a cena do filme e iria terminar meus afazeres. O roteiro seria seguido sem nenhum problema.
Mas eu sabia que a notícia viria, mas não achei que fosse tão cedo.
Quando a notícia entrou nos meus ouvidos e foi avisar meu cérebro de que agora ela era real, ele bloqueou a voz, fez a boca se fechar mordendo os lábios e a expressão entristecer. Quando a resposta finalmente chegou foi apenas um sussurro, quase inaudível. Precisei repetir para ter certeza de que fui ouvida.
Desliguei o telefone com a voz engasgando e os olhos formigando, sinais claros de que lágrimas começariam a cair e que seria impossível manter qualquer diálogo impassível.
Não deu tempo de dizer que o amava... Naquele momento não era o que sentia...
Antes de colocar o telefone na base ele lhe pareceu muito aerodinâmico e parecia estar sendo atraído para a parede... Não... Seria difícil explicar porque o telefone foi arremessado contra a parede inesperadamente. Ele foi posto em segurança no seu lugar.
Textos e frases surgiam em sua mente a cada inspiração... É fácil escrever enquanto está doendo...

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