O verdadeiro Programa de índio

Programa de índio faz parte da vida de todas as pessoas, até mesmo as mais organizadas acabam caindo num carro e indo parar num local inesperado, algumas, pegam o ônibus.

O nosso cronograma estava pronto. Foram semanas de conversas, ligações e mudanças para chegarmos ao cronograma perfeito: uma noite cheia de compromissos e de diversão, mas lógico, que, quanto mais organizado, mais tem características para virar um programa de índio. Mas eu vou começar a história desde antes do princípio, para todos poderem entender.

Uma noite na cantina da Universidade (Joaçaba) minha colega me avisou que a banda do seu namorado estava vindo tocar em Concórdia. Fiquei muito feliz e começamos a organizar um planejamento para que ela e nossa outra amiga viessem passar o fim de semana aqui. Terminaram as aulas e os planos estavam em andamento, ainda tínhamos duas semanas até a grande data. Vale ressaltar que ela não lembrava o nome do lugar que eles vinham, mas com nossa ajuda chegamos à conclusão da inauguração de um novo bar.

Entre vir de carro e o carro estragar, dar carona ou pegar o ônibus, dormir aqui ou dormir em casa, chegou o fim de semana que estávamos esperando e, junto com ele, 3 compromissos na mesma noite: a festa em que a banda ia tocar, um show teatral e uma formatura.

Eu queria que desse tempo para fazermos tudo, mesmo que chegássemos em casa de madrugada. Éramos um grupo grande de pessoas e cada uma tinha uma opinião sobre o assunto, decidimos deixar a noite correr e ver onde iríamos chegar.

Eis que o telefone da minha amiga toca e descobrimos que o lugar que tínhamos que ir não era onde nós imaginávamos que iríamos, então de última hora corremos atrás de ingressos e já sabíamos onde iríamos a noite.

Nossa primeira parada foi no Centro de Eventos Concórdia, assistir o Show Teatral. Ao término do show os artistas foram até a entrada do Centro de Eventos para que o publico pudesse interagir e tirar fotos.

Eu, a Taís, a Vane, a Pri e a Sher corremos lá para frente e começamos a procurar alguém que pudesse tirar fotos nossas, já que eu havia pego a máquina sem bateria. Tiramos foto com o leão, com os dálmatas, ou sapos, a bailarina e com o palhaço. Brincando com o palhaço deixamos combinado que iríamos nos ver numa festa à noite. Estávamos muito felizes de estarmos juntas, sem ter compromisso de voltar para a sala ou de fazer algum trabalho, o objetivo da noite era diversão!

                                       Fran, Pri, Dálmata 1, Vane, Nany (Taís), Dálmata 2, Shér

                                                                       Leão

                                                     Nany, Vane, Fran, Palhaço, Pri e Sher

                                                           Coral de Sapos

Voltamos para casa, refizemos a maquiagem e descemos para o local da festa. Não preciso nem comentar que estava quase vazio quando chegamos, pois era ainda meia noite. Logo começou a ficar cheio e uma hora depois de termos chegado a banda começou a tocar. Com mais ou menos uma hora e meia de show dançamos e cantamos tudo o que sabíamos, e o que não sabíamos também.

                                            Nós e o Jair, meu namorado.

Quando estávamos esgotadas, querendo ir embora mas não querendo que a noite acabasse, eis nossa surpresa, na roda do lado, agora sem maquiagem e sem fantasia, a trupe do show de teatro dançando e bebendo. Caímos na risada e fomos lá cumprimentar e rir dessa grande coincidência.

Aqui aconteceram alguns detalhes que não vou colocar para manter algumas coisas em segredo. Mas posso dizer que apesar da química que estava no ar, saíram todas iliesas.

A Pri voltou para Joaçaba depois do show. A Shér ia ficar dormindo aqui e a Taís foi deixada em casa em segurança. Ela estava só meio feliz, mas ainda assim se divertiu um pouquinho.

Chegamos em casa, a mana foi dormir e eu e a Sher ficamos conversando. Não conversamos muito tempo porque estávamos cansadas, nem deu tempo de irmos na formatura (que ela já devia estar no fim quando saímos da festa). Apagamos a luz do abajur e deixamos que o sono enfim tomasse conta de nossos corpos cansados.

De manhã a Sher acordou cedo, tipo, umas 9 horas (acho que ela estava acordada a mais tempo, as 9 eu abri os olhos e vi ela acordada), mas eu ainda estava muito cansada e só consegui dizer bom dia. Eu sabia como ela estava ansiosa para levantar e ir cumprir seu comrpomisso de domingo, que era fazer uma visita a sua afilhada, mas eu não conseguia ficar de olhos abertos e ainda teria um longo domingo pela frente, precisava de todos os momentos de sono que me eram possíveis.

Finalmente levantamos, acho que uns 40 minutos depois. Levei a Sher até o ponto onde iriam buscá-la e nos despedimos. Realmente tinha sido uma madrugada e tanto.